(ou a princesa e o sapo)
José Antonio Jacob
Na desbotada folha do papel
Luiza vai compondo o meu destino,
De início ela pintou um lindo céu
Acima dos meus sonhos de menino.
Depois foi desenhando: um carrossel,
Uma quermesse, uma igrejinha e um sino.
E, ao lado de um castelo pequenino,
Uma princesa e um sapo num corcel.
Em derredor, nos campos, se depara,
Lírios-do-vale, margaridas, dálias.
Uma aquarela de paisagem rara.
Ó doce Luiza, ó flor que me ampara!
Por que sua princesa usa sandálias
E o feio sapo tem a minha cara?!...
Do livro Almas Raras de José
Antonio Jacob
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