Quem diz que
ama muito ou pouco, mente
ou não conhece o amor, na realidade,
pois não se mede o amor em quantidade,
se ama ou não se ama, simplesmente.
Quem ama,
embora sonhe com a eternidade,
ainda assim não sonha o suficiente
e em nada modifica o amor que se sente,
seja na dor ou na felicidade.
Não há um meio
olhar ou um meio beijo.
Ninguém tem dez por cento de um desejo
nem existe carícia desmedida.
E o amor, sem ter tamanho, é tão profundo
que podemos achá-lo num segundo
ou procurá-lo, em vão, por toda vida.
Escritor e
poeta Fidelense
Extraído do Livro “Os pratos de vovó”
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