José Antonio Jacob
Um dia sob a relva amanhecida,
Plantei no chão uma sutil semente,
Num gesto doce, puro e conseqüente,
De quem envia saudações à vida.
Ali deixei, após o sol nascente,
O pequenino gérmen que engravida,
Fazer pomar e se estender à frente,
Que a dócil terra aceita agradecida.
Assim frondeou num sítio de arvoredos,
Rodeada dos desvelos do destino,
A minha história de alegria e dores.
Também larguei ali os meus segredos,
Os meus antigos sonhos de menino,
Na solidão desse quintal de flores.
José Antonio Jacob
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