TecaMiranda
A taça que o líquido me embriagou,
descansa em cacos sobre as teclas
do piano, ainda vibrando as notas
da música que um dia nos embalou.
O vinho tinto que mancha o branco,
retrata o sangue da minha alma.
Seu nome chamo aos solavancos
com esperança que me traga calma.
O silêncio grita a resposta em meus ouvidos,
um pesado desânimo toma conta de meu ser.
Do choro convulsivo restaram gemidos
e antes que a noite venha me adormecer,
sento ao piano, entre pedaços de mim,
dedilhando em cores rubras o som do fim.
TecaMiranda
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