As tuas mãos tão
belas, tão formosas.
As tuas mãos afeitas aos carinhos.
As minhas mãos tão feias, tão nervosas.
As minhas mãos expostas aos espinhos.
As tuas mãos me tocam por piedade.
As minhas mãos te afagam, mas com medo.
As tuas mãos são mãos pra eternidade.
As minhas mãos são mãos de morrer cedo.
As tuas mãos nas minhas, que contraste!
Mas se não fossem elas, que desastre,
nem sei das minhas mãos o que seria!
Por isso às tuas mãos eu agradeço
o carinho que eu sei que não mereço
e que em outras mãos não acharia!...
Poeta e escritor de São Fidélis / RJ
Extraído do Livro “ Os pratos de vovó”
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