São Fidélis - Cidade Poema

 

 

Autores: Maria Lua e Edmar Japiassú Maia

 

 

Cidade Poema, Cidade Menina,
seara divina entre verdes montanhas,
que embora formosas, têm formas discretas
e encantam poetas de terras estranhas...


Cidade Poema, às margens do rio,
tranqüilo ou bravio... entoando cantigas...
que levam nas águas os risos e as penas
das almas serenas das casas antigas...


Cidade Poema das altas mangueiras,
das Luas fiandeiras de sonhos e brilhos.
Do manto estrelado a adornar sua história,
louvada a memória na voz de seus filhos...


Cidade Poema das praças floridas
que enfeitam as vidas da infância brejeira.
Cidade em que a crença é uma força que existe
e a todos assiste da mesma maneira...


Cidade Poema, em que o peso dos fardos
a pena dos bardos transforma em poesia.
São tantos os versos, que vejo um garimpo
e as graças do Olimpo na sua magia...


Cidade Poema - cenário de artistas,
de exímios ciclistas, de amigos da gente.
Cidade em que a tarde debruça na ponte
e o Sol no horizonte colore o poente...


Cidade Poema... Cidade encantada
aurora bordada no céu fluminense.
E ainda que ausentes... seus filhos felizes
mantêm as raízes no chão fidelense...


Cidade Poema de mil fantasias,
mas veste os seus dias nos trajes das leis.
Cidade das ruas de largo traçado
que traz do passado as Folias de Reis...


Cidade Poema que tem revoada
sombreando a fachada da Igreja Matriz.
Cidade em que o povo não foge à batalha,
que luta... trabalha... e cumpre o que diz...


Sou eu, São Fidélis, cantado o meu tema,
que exponho o poema e revelo o seu rosto.
Cidade Poema, são tantas saudades,
que nas “Brevidades” eu sinto o seu gosto!

 

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Foto de AMASardenberg