Hegel Pontes
Qual monge
recolhido em sua cela,
Rezando a
derradeira Ave-Maria,
Estava só e
apenas uma vela
Velava a minha
noite de agonia.
Eu contemplava a
ardente sentinela
Que em vigília
também se consumia,
E percebia uma
oração singela,
No declínio da
chama fugidia...
...Agora é
madrugada e, por um fio,
Duas chamas de
vida em decadência
Vacilam e se
apagam no vazio.
E apenas uma, ao
fim da claridade,
Caindo no vazio
da existência,
Ressurge no
esplendor da eternidade.
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