Não sei se te
quero homem velho:
cheio de histórias e segredos
e formalidades...
ou se te quero menino-moleque
entre ansiedades
e fantasias,
pedindo meu colo...
Não sei se te quero entre trabalhos:
máquinas modernas,
empenhos e responsabilidades...
ou se te quero criatividade,
fazendo brotar, ludicamente,
mil programações...
Não sei se te quero razão:
maduramente se posicionando
acerca de problemas, carências e dores...
ou se te quero sonhando acordado,
cheio de emoções,
a curtir sua música predileta...
Tens um lado de brilho que me encanta,
e um lado de sombras que me assusta...
Enquanto isso,
sou festa e arrebatamento
- adolescente-poeta abrindo o coração -
e sou receios,
sem saber como lidar
com o sentimento novo
que me invade...
Ambigüidades à parte,
só sei - por inteiro -
que sonho acordada
te ver chegando
(sorriso-chamego),
nas asas da ternura,
numa tarde de sol,
pro meu aconchego...
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