Maria Granzoto da Silva

Ficou a minh' alma estancada
em algum lugar do passado,
frágil, maltratada,
sem perspectiva,
Presa ao nó fortemente
enlaçado.
nenhuma iniciativa
para estraçalhar
a indestrutível corrente...
Nem dos que disseram
um dia, havê-la amado!
Pobre alma demente...
Fica, pois, atada
a sua sina!
Nem mesmo a morte
há de conduzi-la a outra
estrada...
Assim, essa alma,
ingênua menina,
Jamais deixará o maldito portal...
Alma é imortal!
Mas vê!
Desperta dessa letargia...
Mudou a estação!
Deixa esse tolo sonho,
Arranco-o do coração!
Simples quimera...
Encharca-te de alegria!
É primavera!


Maria Granzoto da Silva

 

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