Margot de
Freitas Santos
O silêncio de hoje é preciso.
Me nego a falar, nada tenho a escutar
Que seja mais forte e intenso
Do que repousa dentro de meu peito.
O silêncio de hoje é preciso.
Tenho lágrimas guardadas que não posso ocultar
De uma ausência doída, que por mais que eu chame,
Por estar em sono profundo, não consigo acordar.
O silêncio de hoje é preciso.
Busco o amparo forte
De abraços adormecidos
Que não mais podem me amparar.
O silêncio de hoje é preciso
Para aceitar esta ausência sentida
Por todo o meu corpo
Que sinto
Não mais existir!
O silêncio de hoje só não mais seria preciso,
Se aqui você estivesse, e então
A vida teria sentido: o renascer do amor a cada dia
Onde o adormecer jamais existiria
Margot de Freitas Santos
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