Miguel Russovisky

 

 

Vieste ao pôr-do-sol dando aos velhos cismares,
um pedaço de céu que me protege agora.
Trouxeste, alentador, o anseio que me escora
e costuma nascer, em corações aos pares.

Vieste ao pôr-do-sol, com jeitinho de aurora,
espalhando ilusões e perfumes nos ares
e eu andava a xingar com três rimas vulgares,
o palácio encantado onde o sonho evapora...

Foi o amor que arvorou-se em gentil testemunha...
... e sabias, de cor, os encantos da vida...
... e a esperança nasceu quando o sol já se punha...

Ignoravas, porém, o escurecer depois...
... e eu sabia, de cor, a dor da despedida....
Quiseste entrar...(?!)deixei. A culpa é de nos dois.
 

 

 

Miguel Russovisky

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