José Antonio Jacob
Desperto, pois que o
sol já está lá fora,
E ainda zonzo de sono e de esperança,
Deixo pular pela janela afora
A minha inquieta alminha de criança.
Que corre alegre,
rodopia e trança
Entre o florado que a manhã decora,
Depois, como uma folha, vai embora
Seguindo a brisa que na tarde avança.
Não se descuide
minha alminha boa
Que vai anoitecer, (a tarde é breve!)
O sol logo declina e o tempo voa!...
E, antes que o dia,
ao alto, se deforme,
Ela retorna dócil, meiga e leve,
E acomoda-se, no meu colo, e dorme...
Todos os direitos reservados ao
autor
Do livro Almas Raras de José
Antonio Jacob
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