Ivan Jubert Guimar�es
18/12/1997



Ele sempre vivera � margem da sociedade;
Desde pequeno roubava para alimentar o v�cio;
Assim vivera desde a mais tenra idade,
E nunca ningu�m tentou entender seu supl�cio.


Sa�ra de casa e fora viver nas ruas,
Deixando mulher e filhos ainda pequenos;
�s vezes, vinha a lembran�a daquela fam�lia que era sua,
Mas faltava-lhe coragem para voltar, largando o veneno.


Vivia maldizendo: "Isto n�o � vida de gente";
Culpava a Deus por seu desatino,
Quando chegava o Natal ele procurava constantemente
Agredir Jesus n�o o reconhecendo como o Deus Menino.


E assim seguia vivendo, dia ap�s dia,
Com a vida castigando-o com o a�oite;
Sua vida era s� sofrimento e ele sofria,
Por isso n�o tinha porque sorrir naquela noite.


Sem dinheiro para a droga e consumido pela bebida,
Arrastava-se pelas ruas e sucumbiu numa cal�ada;
Arrependeu-se de tudo e desejou mudar de vida,
Voltar pra casa e para a fam�lia, antes t�o amada.


Foi encontrado por um jovem casal,
Que com amor nos olhos colocou-o de novo nos trilhos;
Levaram-no para casa para passar o Natal;
E ele nem reconheceu naqueles jovens, seus filhos.


Ao entrarem na sala seguiu-se a surpresa,
Ao ver a mulher que um dia abandonou.
Os olhos lacrimosos, a voz embargada pela tristeza,
Transbordaram ao abra�o afetuoso que ganhou.


Uma onda de felicidade encheu seu corpo de alegria,
E movido por uma f� escondida, sem nem saber o por qu�,
Foi at� um quadro de Jesus que da parede pendia,
E baixinho entoou: "Parab�ns a voc�..."


"Neste Natal, reforme sua alma tamb�m".



Ivan Jubert Guimar�es



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