

Antonio Manoel Abreu Sardenberg
Quero o acalanto que
cala
O clamor do coração,
Eu quero ouvir sua fala
Sussurrando em meu ouvido
Juras de amor e paixão!

Quero o abraço que enlaça,
Como um laço dado em nó,
Eu quero vinho na taça,
Ver você, toda sem graça,
Ser todinha, minha só!

Quero sentir a alvorada
Chegando bem de mansinho
Acendendo o nosso ninho
Ao romper da madrugada!

Quero ouvir a passarada
Pousada nos mangueirais,
Arruaças de pardais
Anunciar novo dia
Com seus cantos matinais!
E nesse exato momento,
Antes que o dia
dispare
Suplico em juramento,
Rogo que o tempo pare,
Não acabe nunca mais!

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