Antonio Manoel Abreu Sardenberg

São Fidélis "Cidade Poema"

 

 


Sou navegante sem rumo
Nesse meu mundo sem norte,
Sou como a viga sem prumo,
Um jogador sem ter sorte.


Sou a noite sem sereno,
Madrugada sem luar,
Cantador sem ter viola,
Sou mágico sem cartola,
Sou uma praia sem mar...


Sou candeeiro sem luz,
Sou um pobre menestrel,
Sou metal que não reluz,
Eu sou um favo sem mel...


Sou palco sem ter ator,
Picadeiro sem palhaço,
Um arco íris sem cor,
Um canteiro sem ter flor,
Uma nave sem espaço.


Sou amante sem amada,
Túnel sem luz no final,
Sou a poeira da estrada,
Uma placa sem sinal...


Sou desejo de querer,
A vontade de encontrar
Quem me ensine aprender
E que me faça entender
Como viver sem amar.
 


Todos os direitos reservados ao autor