Antonio Manoel Abreu
Sardenberg
Na noite fria deste inverno
intenso,
Contemplo o céu de estrelas cintilantes
E só comigo tão sozinho penso
Naquele amor que já se faz distante.
Por onde anda meu anjo da guarda
Cuja lembrança guardo aqui comigo,
Que, por pirraça ou mesmo por castigo,
Abandonou-me sozinho na estrada?
Andarilho perdido e solitário,
Busco no céu o norte que perdi
E não encontro o anjo solidário...
Já desfiei centenas de rosários,
Absorvendo tudo que senti,
Já percorri todo o meu calvário,
Já confessei a todos os vigários
Os meus pecados que pequei por ti...
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