Antonio Manoel Abreu Sardenberg

 

 


O olhar dessa criança
Tristonha, pobre e sofrida
Faz refletir sobre a vida...
Quase perco a esperança.
 


Olhar sem brilho e descrente,
Fitando longe o infinito,
Toca o coração da gente
Ao ver tristeza estampada
Neste rosto tão bonito!


Por que o abandonaram,
Deixando assim ao relento,
Sem dó e sem compaixão?
Esqueceram que você
É também um nosso irmão?!
 



Não se envergonhe, amigo,
Levante sua cabeça
E, por favor, não esqueça
O que aqui vou dizer:
Nosso poder tão omisso
Terá que se arrepender
Quando lembrar, no futuro,
Que a esperança desse mundo
Morreu dentro de você!

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