Antonio Manoel
Abreu Sardenberg
Na correnteza de
cruel tormento
Busco a razão para encontrar
sentido
E vou vagando como vaga o vento
No contratempo do tempo perdido.
Na solidão que me assola tanto
Aceito o fato como consumado
E entrego à vida todo aquele
pranto
Que dentro d’alma estava bem
guardado
Solto as amarras do meu pensamento
Dou liberdade à minha escravidão
Jogo no lixo todo o sofrimento.
Volto a sonhar e desfazer o pranto
Tento curar a dor da solidão
Na doce vida que amarga tanto!
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