Antonio Manoel Abreu Sardenberg
A boca do pobre brada
Pedindo justiça e pão,
No campo a mão calejada
Arando a terra torrada
Planta pro rico o feijão.
Os olhos do pobre choram
Nesse mundo indiferente
Quando vêem tanto contraste
Entre o rico e o carente.
E a alma do pobre sofre
Quando se perde a esperança
Vendo o futuro morrer
No rosto triste e sofrido,
No olhar de uma criança!
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