Antonio Manoel Abreu Sardenberg

 

 


Desperta a aurora fria e desbotada,
Em mais um dia que precede o fim,
E essa minha alma frágil e tão cansada,
Já não suporta a dor que dói em mim.

 



A noite avança, rompe a madrugada,
Eu já não sinto o aroma do jasmim
Que andava no meu quarto e na sacada
E perfumava todo o meu jardim.

 



Dia morto... noite morta... tudo é nada...
Viver só por viver não me consola
Se a aurora só é bela colorida.

 



Sinto que irei sem ti nessa jornada,
E a suportar a angústia que me assola,
Prefiro não viver - isso não é vida!
 

 

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