Antonio Manoel Abreu Sardenberg
Na bruma densa de um mar revolto,
Em manhã fria de um inverno intenso,
Sinto um medo aprisionado e envolto
Na cena fria de um terror imenso.
As ondas fortes entram pela praia
Lambendo a areia fina e cristalina,
A espuma branca vem beijar a saia
Já desbotada da pobre menina.
Do céu pesado com nuvens escuras
Faíscam raios, vêm as trovoadas,
As gaivotas fogem em revoadas...
E os meus olhos saem à procura
Do Criador, o nosso Deus Supremo,
Na apoteose de um pavor extremo!
Todos os direitos reservados ao autor
|