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Antonio Manoel Abreu Sardenberg
São Fidélis "Cidade
Poema"
Guarda-me anjo da guarda
como sempre me guardou...
guardando aquela lembrança
dos meus tempos de criança
que já se foi... mas ficou.
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Guarda todos os sentimentos,
a candura de menino;
guarda todo o meu destino,
minha fé, ternura e paz,
guarda também a saudade
que por pirraça ou maldade
não vai me deixar jamais.
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Guarda meus sonhos perdidos
que nunca foram alcançados;
guarda aqueles meus pecados
tão ingênuos de menino,
pecados tão pequeninos
por certo já perdoados.
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Guarda, afinal, a certeza
de ter trilhado o caminho
do bem, razão e pureza;
guarda também a riqueza
do meu pobre coração,
guarda, meu Anjo da Guarda,
minha vida em tuas mãos.
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