DE VOLTA AOS QUINTAIS
Mesmo corrido o tempo guardo apreço
Aos meus passos cansados, desiguais,
Que sempre me levaram sem tropeço
Ao refúgio da infância dos quintais.
Nada mudou! De longe reconheço
A confraria alegre dos pardais
E as mesmas roupas claras nos varais:
Nunca tirei daqui meu endereço!
Apenas me ausentei de casa cedo,
Qual criança que se afasta do folguedo
Para mais tarde aconchegá-lo a si.
Eu sou esse menino arrependido
E quero o meu brinquedo envelhecido
Para brincar no tempo que perdi!
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