Biografia
José Júlio da
Silva Ramos
nasceu na cidade do
Recife a 6 de março
de 1853. Era filho
do médico José da
Silva Ramos e de
Emília Augusto
Ramos. Professor,
filólogo e poeta,
faleceu no Rio de
Janeiro, em 16 de
dezembro de 1930.
Membro fundador da
Academia Brasileira
de Letras.
Passou grande parte
da infância em
Portugal, educado
pelas tias maternas.
Depois de uma
temporada no Brasil
regressou a Lisboa
de onde se
transferiu para
Coimbra em cuja
Universidade se
matriculou em 1872,
concluindo o curso
de Direito cinco
anos depois.
Conviveu com os
grandes escritores
portugueses da
época, incluindo
entre eles os poetas
João de Deus e
Guerra Junqueiro. Em
1881 ainda estava na
Europa, tendo
residido por algum
tempo na Inglaterra.
Quando estudante
universitário
publicou um livro de
versos ao qual deu o
nome de "Adejos"(Coimbra,
1871). A volta
definitiva ao Brasil
começou pela sua
cidade natal -
Recife, de onde
viajou para o Rio de
Janeiro.
Na capital
brasileira lecionou
em vários colégios.
No Pedro II ensinou
português, e, na
mesma época,
colaborou em alguns
periódicos,
destacando-se entre
eles "A Semana",
dirigida por
Valentim Magalhães.
Fez parte do grupo
que fundou a
Academia Brasileira
de Letras na qual
escolheu para
patrono de sua
cadeira o poeta
português Tomás
Antônio Gonzaga,
embora tivesse
manifestado
anteriormente
preferência pelo
nome de Gonçalves
Crespo.
Fez parte, na
qualidade de 2º
Secretário, da
Diretoria que
assinou os primeiros
estatutos da
Academia, para cuja
presidência chegaria
a ser eleito em 22
de dezembro de 1927,
recusando, contudo,
a indicação.
Teve Silva Ramos
publicados os
seguintes livros:
"Pela vida afora",
Rio de Janeiro,
1922; "Centenário de
João de Deus", 1930
e "A reforma
ortográfica", 1926.
Coube a este
escritor e político
paulista, em seu
discurso de posse
fazer as seguintes
observações sobre
Tomás Antônio
Gonzaga - patrono de
sua cadeira:
"Tudo tem nele
sotaque marcante
lusitano. A
prosódia, substância
musical da língua e
a sintaxe, regimento
interno do idioma;
os hábitos e as
inclinações; as
tendências afetivas
e intelectuais".
Fonte de pesquisa: A
Casa do Bruxo
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