Biografia
Ana Lins de
Guimarães Peixoto
Brêtas nasceu em
Goiás (Goiás Velho),
em 1889, na casa que
pertencia à sua
família havia cerca
de um século e que
se tornaria o museu
que hoje reconta sua
história.
Filha do
desembargador
Francisco de Paula
Lins dos Guimarães
Peixoto e de Jacita
Luiza do Couto
Brandão, Aninha da
Ponte da Lapa, como
era chamada, e, mais
tarde, Cora
Coralina, cursou
apenas as primeiras
séries (antigo
Primário) escolares
com a mestra Silvina.
Apesar disso, em
1903, já escrevia
poemas sobre seu
cotidiano, tendo
criado com duas
amigas, em 1908, o
jornal de poemas
femininos "A Rosa".
Em 1910, seu
primeiro conto,
"Tragédia na Roça",
é publicado no
"Anuário Histórico e
Geográfico do Estado
de Goiás", já com o
pseudônimo de Cora
Coralina.
Em 1911, conhece o
advogado divorciado
Cantídio Tolentino
Brêtas, com quem
foge e vai morar em
Jaboticabal,
interior de São
Paulo, onde nasceram
e foram criados seus
seis filhos. Seu
marido a proíbe de
integrar-se à Semana
de Arte Moderna, a
convite de Monteiro
Lobato, em 1922. Em
1928, muda-se para
São Paulo (SP) e,
anos depois,
torna-se vendedora
de livros da editora
José Olimpio.
Doceira de
profissão, com a
mesma simplicidade
de seus personagens,
Cora fazia e vendia
doces cristalizados.
Seu primeiro livro,
“Poemas dos Becos de
Goiás e Outras
Histórias Mais”, foi
publicado em 1965, e
levou Cora, aos 75
anos, finalmente a
ser reconhecida como
a grande porta-voz
de uma realidade
interiorana já
afetada pelo avanço
da modernidade.
Ficou famosa
principalmente
quando suas obras
chegaram às mãos de
Carlos Drummond de
Andrade, quando ela
tinha quase 90 anos
de idade.
Surpreendido com a
obra de Cora,
escreveu-lhe em
1979: "(...) Admiro
e amo você como a
alguém que vive em
estado de graça com
a poesia. Seu livro
é um encanto, seu
lirismo tem a força
e a delicadeza das
coisas naturais
(...)".
A obra de Cora
Coralina se
caracteriza pela
espontaneidade e
pelo retrato que
traça do povo do seu
Estado, seus
costumes e seus
sentimentos.
Ela faleceu em
Goiânia a 10 de
abril de 1985. Logo
após sua morte, seus
amigos e parentes
uniram-se para criar
a Casa de Coralina,
que mantém um museu
com objetos da
escritora.
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