Miguel Russowski

 

 

 Lareira acesa... O inverno está no cio...
Releio a velha carta que amarela.
Pergunto: - Onde andará?... O que é feito dela?...
...E o tempo escorre trêmulo de frio.


A neve alisa os vidros da janela
num carinho gelado e doentio
e nas respostas cheias de vazio,
apenas o silêncio é tagarela.


Há de voltar?...Talvez. Talvez um dia
em festivais de primaveras, quando
o amor ressuscitar da letargia.


O fogo, agora, murcha na lareira...
(as ilusões também vão se apagando...)
Mas a saudade continua inteira.

 

 

Miguel Russowski

 

Todos os direitos reservados ao autor