José Antonio Jacob

 

 


Quem é esta mulher desfalecida
Que ao expirar parou-me o coração?
Acorda, minha Bela Adormecida!
Não morre mais em mim, minha ilusão!


Desperta para o sonho, volta à vida!
Que a vida é um sonho lindo e sem razão,
E o tempo é tão efêmero, querida,
Longa é a eternidade e a solidão...


E é pouco o que ainda pensas que desejo,
Dentro do teu olhar se estende um mar,
Louco, que sou, que mais profundo almejo!


Por ti me afogo a imensidão qualquer:
Se me olha com espanto adoça o olhar!
E queiras-me com olhos de mulher...


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Do livro Almas Raras de José Antonio Jacob